
Estamos em Setembro de 2011 e o espetáculo do crescimento ao que tudo indica, parece que vai terminar se é que começou. Em meados de 2003 o presidente da ocasião disse que o "espetáculo do crescimento estava começando". Neste mesmo ano com todo o espetáculo do crescimento o Brasil cresceu menos que todos os nossos vizinhos e de quebra cresceu menos que o Haiti e a Nicarágua. Ano passado crescemos incríveis 7,5%! Mas não se esqueça que em 2009 o "crescimento” foi 0%(zero), e este ano a promessa é de um crescimento na ordem de 3,5%. A pergunta que não quer calar é a seguinte: O que vai acontecer nos próximos anos? Resposta difícil. Para tentarmos ter uma resposta que nos deixe com um pouco de esperança, a resposta ás perguntas abaixo deveriam ser respostas bem diferentes das que atualmente temos.
1º Como crescer sem investimento mínimo em infra-estrutura? Ou pior do que isso, tributando infra-estrutura, como é o caso do ICMS sobre energia elétrica, como é o caso dos pedágios em um País onde praticamente toda a produção esta sendo escoada por transporte terrestre e por ai vai. Mas como é o caso que não queremos ficar depressivos vamos parar por aqui.
2º Como crescer com uma taxa básica de juros que é um incentivo a não produção?
3º Quem vai investir em um País onde o Governo não respeita a própria Constituição (haja vista, por exemplo, a questão de aumentos de impostos (IPI) sobre automóveis com o objetivo que no mínimo são duvidáveis)?
4º Como crescer sem estabilidade monetária: inflação, cambio e juros?
Os problemas acima estão longe de serem simples. Segundo a maioria dos economistas sérios, sem um investimento da ordem de 20%-25% do PIB em infra-estrutura, certamente a gangorra continue e não sairemos do lugar. Não podemos nos enganar, podemos até crescer alguma coisa nos próximos anos, mas não será por competência nossa, mas por falta de opção no mundo.
A situação atual no Brasil e em muitos outros Países é a seguinte: A engenharia tem conseguido a proeza de produzir praticamente sem mão de obra, mas a economia ainda não conseguiu produzir nada sem consumo, emprego e salário.