quinta-feira, 29 de setembro de 2011

" O espetáculo do crescimento".


Estamos em Setembro de 2011 e o espetáculo do crescimento ao que tudo indica, parece que vai terminar se é que começou. Em meados de 2003 o presidente da ocasião disse que o "espetáculo do crescimento estava começando". Neste mesmo ano com todo o espetáculo do crescimento o Brasil cresceu menos que todos os nossos vizinhos e de quebra cresceu menos que o Haiti e a Nicarágua. Ano passado crescemos incríveis 7,5%! Mas não se esqueça que em 2009 o "crescimento” foi 0%(zero), e este ano a promessa é de um crescimento na ordem de 3,5%. A pergunta que não quer calar é a seguinte: O que vai acontecer nos próximos anos? Resposta difícil. Para tentarmos ter uma resposta que nos deixe com um pouco de esperança, a resposta ás perguntas abaixo deveriam ser respostas bem diferentes das que atualmente temos.
1º Como crescer sem investimento mínimo em infra-estrutura? Ou pior do que isso, tributando infra-estrutura, como é o caso do ICMS sobre energia elétrica, como é o caso dos pedágios em um País onde praticamente toda a produção esta sendo escoada por transporte terrestre e por ai vai. Mas como é o caso que não queremos ficar depressivos vamos parar por aqui.
2º Como crescer com uma taxa básica de juros que é um incentivo a não produção?
3º Quem vai investir em um País onde o Governo não respeita a própria Constituição (haja vista, por exemplo, a questão de aumentos de impostos (IPI) sobre automóveis com o objetivo que no mínimo são duvidáveis)?
4º Como crescer sem estabilidade monetária: inflação, cambio e juros?
Os problemas acima estão longe de serem simples. Segundo a maioria dos economistas sérios, sem um investimento da ordem de 20%-25% do PIB em infra-estrutura, certamente a gangorra continue e não sairemos do lugar. Não podemos nos enganar, podemos até crescer alguma coisa nos próximos anos, mas não será por competência nossa, mas por falta de opção no mundo.
A situação atual no Brasil e em muitos outros Países é a seguinte: A engenharia tem conseguido a proeza de produzir praticamente sem mão de obra, mas a economia ainda não conseguiu produzir nada sem consumo, emprego e salário.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Ou isto ou aquilo

Começo este artigo com uma frase direta e clara de (Benjamin Franklin) sobre decisão que diz:"A pior decisão é a indecisão." A indecisão no meu ponto de vista pode ser comparada a um câncer, pois, corroe, mina nossas forças e por fim, paralisa. A indecisão faz tudo isso, e ao mesmo tempo faz com que sejamos pessoas cada vez mais escravas de nos mesmos. É obvio que toda a decisão tem uma estrutura e assim deve ser, no entanto, hoje, somente estamos tratando daquelas que já passaram por este processo e ainda estão paralisadas. A grande poetisa Brasileira Cecília Meireles, teve a felicidade e genialidade de escrever sobre este assunto de forma singela, simples e ao mesmo tempo completa em seu poema intitulado "Ou isto ou aquilo":

Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!


Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

Caro Alberto, espero que este artigo ajude nos seu processo de decisão.

domingo, 1 de maio de 2011

Criação de Valor











O que é valor? A definição clássica: Valor traduz-se na taxa dos benefícios em relação ao sacrifício necessário para obter esses benefícios. A criação de valor nos últimos anos tem se tornado tema constante das companhias que almejam um alto desempenho. Ao longo dos anos vimos às empresas trabalharem forte em processos como: reengenharia e terceirização com o propósito de manterem-se inovadoras, com baixo custo e ao mesmo tempo, tentar "criar valor" para o cliente. Definitivamente estes instrumentos, embora necessários, são inócuos para o tamanho da mudança que o mercado exige. A internet mudou completamente o perfil do consumidor. O consumidor atual exige muito em sua experiência de compra. Hoje antes de comprar um produto ou serviço, podemos facilmente pesquisar na internet as principais características deste produto, perfil do consumidor que adquiri estes produtos ou serviços, e mais, qual avaliação as pessoas tem destes produtos e serviços e por ai vai. O acesso a informação é infinitamente amplo e isso muda tudo. Em questão de minutos se proliferam debates nas redes sociais sobre produtos e serviços com implicações que ainda não podemos calcular. Dentro deste novo paradigma, inovar é o que importa! A diversidade de produtos e serviços da atualidade é enorme, mas, no entanto, não esta se transformando em experiências positivas de compra. O consumidor atual espera mais de sua experiência de compra. As compras da atualidade esta muito alem do que estamos enxergando. Quando um casal sai para jantar em restaurante conceituado, por exemplo, pode ter certeza que a ultima coisa da lista de prioridades deles é a refeição. Eles estão em busca de prazer, status, lazer, aceitação por um determinado grupo de pessoas, renovação do relacionamento e no final da lista, esta o jantar em si. A indústria da construção civil já entendeu bem este sistema. Definitivamente o cliente precisa fazer parte da criação de valor. Vamos lembrar como era esta mesma indústria há poucos anos atrás. As construtoras faziam prédios inteiros e entregavam as chaves sem perguntar nada ao seu futuro comprador. Unilateralmente construíam e vendiam. Hoje em quase todos os empreendimentos destinado a classe media é totalmente possível fazer parte ativa da criação. Podemos montar os ambientes da casa, escolher se a sala será maior ou menor, se o quarto será menor e o banheiro maior e vise e versa, escolher os acabamentos e tudo mais. O tamanho da gratificação de participar ativamente do projeto da sua própria casa é imensurável. Ao mesmo tempo em que este novo modelo de negócio cria para a empresa um valor indescritível, diminui em muito os problemas de rejeição, reclamação e sobre tudo, de insatisfação a um nível nunca antes encontrado, ou como diz nosso ex-presidente Lula, “Nunca antes na historia deste País” e tudo isso, por um motivo quase lógico: quem é capaz de reclamar, rejeitar, e ficar insatisfeito com aquilo que ajudou a criar? Prahalad em seu livro “O futuro da Competição” comenta que nosso desafio enquanto empreendedores e gestores é criar situações para que o consumidor faça parte do processo de criação de valor. Um antigo provérbio diz: ..."a melhor maneira das pessoas aderirem as nossas idéias e fazer com que elas façam parte da idéias"... Agir de forma unilateral é pouco produtivo e o que é pior, é pouco criativo.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Servir ?

Servir, esta palavra não raramente assusta as pessoas. Naturalmente, estamos mais propensos a sermos servidos do que a servir. Nós, brasileiros, fomos praticamente os últimos a abolir a escravidão porque tínhamos a imagem de que servir é uma praga do inferno e demoramos muito a perceber que o servir é, senão, o único caminho pelo qual podemos criar uma conexão verdadeira com as outras pessoas. Herdamos esta visão errônea de que servir tem a ver com servidão, uma praga a ser evitada, mas, ao contrário de tudo isso, servir é um ato de total liberdade e liderança. O já falecido presidente Abraham Lincoln disse, “quem não vive para servir, não serve para viver.” Aprender a servir, atualmente, esta longe de ser uma missão fácil. Na atualidade o que vemos são pessoas demasiadamente egoístas, amantes de si mesmas, com coração duro e irretratável. Eu sei que as palavras são fortes, mas, ao mesmo tempo, verdadeiras. Servir é algo que necessita de muita confiança e uma dose grande de altruísmo. Jesus certa vez afirmou, categoricamente, que quem tivesse a pretensão de ser líder deveria se tornar servo. Você pode se perguntar: Porque estamos tratando deste assunto? Certamente, todos, indireta ou diretamente já ouviu falar na “onda dos serviços”. Mundialmente falando, o serviço é o ator principal no cenário dos lucros. O setor de serviços vem, há muito tempo, faturando e crescendo bem acima da média e, as empresas, que esperam ter um alto desempenho no futuro próximo, devem estar atentas ao serviço e a servir. Se tivéssemos que montar uma equação simples sobre servir ela seria mais ou menos assim: Servir = prestar atenção nas pessoas e nas empresas, querendo entender + tentar a todo o momento criar empatia + tratar as pessoas como gostaríamos de ser tratados + visão sistêmica e ter em mente que tudo que vai, volta. Escutar os noticiários ou ler a respeito de servir não ajudará muito, se você não der o primeiro passo. Lembre-se: Deus serve aos homens, mas não é servo dos homens.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

2011 Começou ou já está no fim ?

2011 começou, e você também tem a sensação de que o natal esta próximo novamente? Calma, você não está sozinho, a maioria das pessoas, com quem tenho falado nos últimos dias, tem a mesma sensação. Como quase tudo na vida, existem vários pontos de vista interresantes sobre este assunto. Mas hoje, neste início de ano, eu gostaria de abordar apenas um ponto, a fim de dar um vislumbre sobre a velocidade do tempo. Será que realmente o tempo está passando muito rápido ou estamos a todo tempo criando prioridades falsas que acabam por tomar o nosso tempo? Em primeiro lugar precisamos definir: o que é prioridade? Segundo o dicionário Aurélio prioridade é: Qualidade do que ou de quem é o primeiro. O que ou quem é o primeiro para você em cada esfera de sua vida? No mundo globalizado e competitivo quase tudo quer o título de primeiro. Caso precisássemos eleger o primerio lugar apenas na esfera profissional, seria uma tarefa difícil, mas no entanto, realizável. Contudo, não vivemos apenas de trabalho, temos dezenas de outras atividades que objetam também a nossa atenção. Temos família, lar, comunidade, igreja, lazer, formação, entre outros, que, obviamente, objetam o mesmo título: estar em nossa lista de prioridades! Com tanta coisa clamando por ser o primeiro lugar, é inevitável que o tempo passe rápido. Ainda há as priopridades alheias que, não raramente, se confundem com as nossas. Infelizmente, o tempo passa, mas ele não passa sem deixar suas "manchas". Um antigo provérbio diz: "É impossível entrar em uma fábrica de carvão e sair sem nenhuma mancha" . As manchas das "prioridades falsas" são cruéis e duras: stress, depressão, problemas conjugais, problemas com filhos, dores musculares, ansiedade, medo e pânico. Estas são algumas das manchas das prioridades falsas. Neste início de ano, gostaria de deixar uma palavra de ânimo e força. Querido leitor: quem determina suas prioridades, embora hoje em dia não pareça, é você. Você não é um refém dos acontecimentos.
Na declaração de independência dos Estados Unidos encontramos um texto que, embora escrito há vários anos, ainda pode nos influenciar,: " Sustentamos que estas verdades são evidentes em si: todos os homens foram criados iguais, e dotados por seu Criador de determinados direitos inalienáveis, entre os quais se encontram a vida, a liberdade e a busca da felicidade."

Bom ano a todos! Que Deus abençoe todas as suas "prioridades".
Aliás, o que ou quem é o primeiro para você em cada esfera de sua vida?...
Organize suas prioridades e verá que o tempo continuará passando rápido, pois, no meu entendimento, é uma questão teológica. Mas o fato é: o tempo provavelmente não deixará suas "manchas" em sua vida.