

O que é valor? A definição clássica: Valor traduz-se na taxa dos benefícios em relação ao sacrifício necessário para obter esses benefícios. A criação de valor nos últimos anos tem se tornado tema constante das companhias que almejam um alto desempenho. Ao longo dos anos vimos às empresas trabalharem forte em processos como: reengenharia e terceirização com o propósito de manterem-se inovadoras, com baixo custo e ao mesmo tempo, tentar "criar valor" para o cliente. Definitivamente estes instrumentos, embora necessários, são inócuos para o tamanho da mudança que o mercado exige. A internet mudou completamente o perfil do consumidor. O consumidor atual exige muito em sua experiência de compra. Hoje antes de comprar um produto ou serviço, podemos facilmente pesquisar na internet as principais características deste produto, perfil do consumidor que adquiri estes produtos ou serviços, e mais, qual avaliação as pessoas tem destes produtos e serviços e por ai vai. O acesso a informação é infinitamente amplo e isso muda tudo. Em questão de minutos se proliferam debates nas redes sociais sobre produtos e serviços com implicações que ainda não podemos calcular. Dentro deste novo paradigma, inovar é o que importa! A diversidade de produtos e serviços da atualidade é enorme, mas, no entanto, não esta se transformando em experiências positivas de compra. O consumidor atual espera mais de sua experiência de compra. As compras da atualidade esta muito alem do que estamos enxergando. Quando um casal sai para jantar em restaurante conceituado, por exemplo, pode ter certeza que a ultima coisa da lista de prioridades deles é a refeição. Eles estão em busca de prazer, status, lazer, aceitação por um determinado grupo de pessoas, renovação do relacionamento e no final da lista, esta o jantar em si. A indústria da construção civil já entendeu bem este sistema. Definitivamente o cliente precisa fazer parte da criação de valor. Vamos lembrar como era esta mesma indústria há poucos anos atrás. As construtoras faziam prédios inteiros e entregavam as chaves sem perguntar nada ao seu futuro comprador. Unilateralmente construíam e vendiam. Hoje em quase todos os empreendimentos destinado a classe media é totalmente possível fazer parte ativa da criação. Podemos montar os ambientes da casa, escolher se a sala será maior ou menor, se o quarto será menor e o banheiro maior e vise e versa, escolher os acabamentos e tudo mais. O tamanho da gratificação de participar ativamente do projeto da sua própria casa é imensurável. Ao mesmo tempo em que este novo modelo de negócio cria para a empresa um valor indescritível, diminui em muito os problemas de rejeição, reclamação e sobre tudo, de insatisfação a um nível nunca antes encontrado, ou como diz nosso ex-presidente Lula, “Nunca antes na historia deste País” e tudo isso, por um motivo quase lógico: quem é capaz de reclamar, rejeitar, e ficar insatisfeito com aquilo que ajudou a criar? Prahalad em seu livro “O futuro da Competição” comenta que nosso desafio enquanto empreendedores e gestores é criar situações para que o consumidor faça parte do processo de criação de valor. Um antigo provérbio diz: ..."a melhor maneira das pessoas aderirem as nossas idéias e fazer com que elas façam parte da idéias"... Agir de forma unilateral é pouco produtivo e o que é pior, é pouco criativo.